Depois de passar anos batalhando para ser o maior exportador de etanol do mundo, o setor sucroenergético viu os Estados Unidos ultrapassarem o desempenho do brasil. Com fortes investimentos por lá e falta de políticas públicas por aqui, ficou difícil manter a liderança.
A previsão é de que a demanda interna continue crescendo. Até 2020 o Brasil precisará ter 100 usinas a mais. Uma oportunidade para o mercado, afirma o diretor-executivo da Organização Internacional de Açúcar, Peter Baron. Ele diz que o país precisa de suporte do governo, porque são as políticas públicas que garantem o equilíbrio do mercado e a diminuição dos riscos para a indústria.
Para o presidente da Sociedade Corretora de Álcool, Martinho Ono, as exportações devem crescer no próximo ano. Isso porque países importadores tendem a priorizar a compra de etanol avançado, aquele que apresenta menor impacto ao meio ambiente. Neste cenário o Brasil sai na frente, já que a cana-de-açúcar segue sendo a principal matéria-prima no quesito sustentabilidade.
Além do sistema de produção e das condições climáticas favoráveis para produzir, a organização do mercado vai ser essencial nos próximos anos para garantir o futuro do setor.