A principal preocupação é com a perda de competitividade frente à gasolina, que por intervenção do governo está com os preços estacionados.
— São coisas que podem ser implementadas a curto, médio e longo prazo para que o nosso setor esteja equilibrado. Não são só os produtores de cana que estão numa situação difícil. A indústria nacional também está. Hoje nós temos 100 empresas, das quais 50 estão fechadas sem moer este ano — diz o presidente da Federação dos Plantadores de Cana do Brasil, Paulo Sérgio Leal.
Leal afirma que, se nada for feito, muitos produtores podem abandonar a cultura e a cadeia produtiva estaria ameaçada.
— Tem Estados como São Paulo, Mato Grosso, Goiás, Paraná e Minas Gerais em que a cana-de-açúcar poderá ser substituída por soja, milho e trigo, que estão com um preço espetacular. O governo tem uma meta que em 2022 nós estejamos produzindo 1,2 bilhão de toneladas de cana dia. Para que nós possamos produzir isso há a necessidade de certos incentivos. Não são subsídios, não são benefícios, mas uma mudança na política pública de etanol — afirma Leal.
O conjunto de propostas discutidas na reunião deverá ser analisado no próximo encontro da Câmara Setorial da Cana-de-Açúcar, marcada para o dia 9 de novembro. Além disso, uma carta conjunta com as reivindicações dos produtores de cana e usineiros será encaminhada ao governo federal.