Assuero Veronez foi levado à Delegacia Especializada de Combate ao Crime Organizado, onde prestou esclarecimentos. Depois foi encaminhado ao presídio do Estado. A CNA divulgou nota na qual anuncia o afastamento imediato dele até que as investigações sejam concluídas. A entidade afirma ainda que repudia a exploração sexual de menores e considera indefensável o envolvimento de qualquer pessoa com a prática desse tipo de crime.
A Operação Delivery é resultado de um trabalho conjunto entre a Polícia Civil e o Ministério Público do Estado do Acre. No dia 17 de outubro, foram presos os aliciadores, as pessoas que agenciavam os encontros. A rede era formada por sete pessoas. Essas sete pessoas foram monitoradas 24 horas por dia durante quatro meses. A partir daí, percebeu-se a intricada rede de trabalho necessária para garantir a exploração sexual de meninas. Algumas eram maiores de 18 anos. Outras tinham entre 14 e 17 anos. Nem todas eram pobres ou miseráveis.
Foram 2.880 horas de gravação com autorização judicial que expõem a forma de atuação do grupo. Todo material está reunido em um grande dossiê que detalha os diálogos dos aliciadores com outras pessoas que usavam da rede de exploração sexual de adolescentes. Em material distribuído à imprensa ainda nesta manhã, a polícia informa que não está descartada a possibilidade de “outras prisões de pessoas envolvidas com exploração sexual e favorecimento à prostituição de crianças e adolescentes”.