Governo investe R$ 82,5 milhões na construção de 28 mil cisternas no Nordeste

Edital abre nesta terça, dia 6, e será gerenciado pelo Banco do NordesteO Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Banco do Nordeste lançam nesta terça, dia 6, um edital para a construção de 28,5 mil cisternas no semiárido nordestino. O objetivo é o atendimento de famílias de agricultores que vivem em áreas isoladas e que sofrem com a seca. Outras 1.650 cisternas serão dedicadas à produção agropecuária. O investimento será de R$ 82,5 milhões e os agricultores não precisarão fazer nenhum tipo de pagamento.

A ministra do MDS, Tereza Campello, e o presidente do Banco do Nordeste, Ary Joel de Abreu, assinaram um contrato que passa para a instituição financeira a responsabilidade de gerenciar a construção das cisternas no prazo de um ano.

– Ao Banco do Nordeste cabe toda a questão de logística, enfim, de você observar atentamente toda a construção do início até o fim, de encontrar os parceiros. Vamos fazer convênio, encontrar as empresas para construir, as OSCIPS [Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público]. O Banco do Nordeste fará todo o processo de fiscalização.

As famílias da Bahia, do Ceará e do norte de Minas Gerais serão as maiores beneficiadas.

– O critério é estar no semiárido, ser um agricultor familiar pobre, do Cadastro Único e precisar de água. Agora, nesse período de estiagem prolongada, a gente está conseguindo encher as cisternas usando caminhão pipa. Portanto, mesmo não chovendo, a cisterna tem um uso muito importante, sendo um reservatório d’agua distribuído pelo governo federal através do Exército – explica Tereza Campanello.

Segundo o MDS, já foram construídas 60 mil cisternas para a região do semiárido neste ano, e a meta é chegar a 100 mil até o fim de dezembro. A presidente Dilma Rousseff ainda anunciou nesta segunda, dia 5, a prorrogação, por mais dois meses, dos programas Bolsa Estiagem e Garantia Safra a um milhão e meio de famílias atingidas pela seca no semiárido nordestino e no norte de Minas Gerais.

Além disso, até fevereiro, haverá venda de milho a um preço menor que o do mercado para os pequenos agricultores.