Código Florestal ficou devendo tratamento à questão da regularização fundiária, diz Acrimat

Superintendente da entidade, Luciano Vacari, afirma que pecuaristas de Mato Grosso terão pouco trabalho para adequação à leiA aprovação do Código Florestal após um longo período de debate no país foi vista com alívio pelo superintendente da Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Luciano Vacari. Mas mesmo com o avanço de poder contar com uma lei ambiental clara, o pecuarista avalia que legislação ficou devendo um tratamento à questão da regularização fundiária. 

– O Código trata da regularização da situação ambiental, mas ele joga muita responsabilidade para Estado e pecuarista e tira a responsabilidade do governo federal de fazer a regularização fundiária das áreas. Esse sim é o maior problema da atividade de produção agrícola no Brasil – afirma.

O representante da Acrimat participou na sexta, dia 9, do encontro “A Pecuária de Corte no Divã dos Analistas”, da Scot Consultoria. Dono do maior rebanho bovino do país, Vacari acredita que os pecuaristas de Mato Grosso não devem enfrentar grandes problemas para adequarem as propriedades às exigências da nova lei. 

– Pesquisas mostram que a atividade da pecuária já está lá (em Mato Grosso) há mais de 200 anos. Não é uma atividade nova, que veio a ocupar algum espaço. Aqueles pecuaristas que desmataram acima do que a lei da época permitia vão ter que pagar, mas o custo de readequação ambiental da pecuária é muito baixo, pois a atividade já estava no Estado há muito tempo – explica.

Apesar das lacunas apresentadas, Vacari elogia a nova legislação.

– Eu acho a aprovação do Código Florestal, ao contrário de trazer dificuldade para adequação, trouxe a solução. O Código traz a segurança jurídica que o produtor procurava – completa.

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