Produção de grãos na região Sul deve aumentar até 20,6% na safra 2012/2013

Previsão é de que o Rio Grande do Sul apresente os incrementos mais expressivos da região, podendo chegar a 34%Após um período de perdas devido à estiagem, a previsão para a safra de grãos 2012/2013 para as regiões Sul e Nordeste do país é de um aumento da produção de até 20,6% e 19,8%, respectivamente, em relação à safra anterior, de acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

Segundo o levantamento de safra anunciado pela Conab em novembro, a produção da região Sul deve ser uma das mais altas do país, podendo somar até 69,7 milhões de toneladas. O Paraná pode atingir 35,4 milhões de toneladas (+12,7% sobre a safra anterior), enquanto a previsão para o Rio Grande do Sul é de até 28 milhões de toneladas (+34,1%) e Santa Catarina, 6,2 milhões de toneladas de grãos (+14,4%).

Quanto à produtividade, o Sul deve passar de 3,2 toneladas de grãos por hectare (t/ha) da safra 2011/2012 para 3,8 t/ha na atual temporada. O Rio Grande do Sul deve ser o Estado da região com a maior alta percentual, de 28,7%, seguido por Paraná (14,5%) e Santa Catarina (12,8%).

Também afetada pela seca este ano, a região Nordeste tem prognóstico de melhora. A produção nos Estados nordestinos pode alcançar 14,9 milhões de toneladas de grãos (+19,8% sobre a safra anterior), enquanto a produtividade deve ampliar 17%, passando de 1,7 t/ha (2011/2012) para 2 t/ha (2012/2013).

A safra de grãos prevista para a Bahia, maior produtor da região, é de até 7 milhões de toneladas, alta de 10,8% sobre 2011/2012. Outros dois grandes produtores da região, Maranhão e Piauí também devem elevar a produção em até 12,4% e 11,2%, respectivamente.

Apoio ao produtor

Para auxiliar os agricultores a reduzir a dependência dos efeitos climáticos na produção, o Ministério da Agricultura criou o Núcleo de Inteligência Territorial (NIT). A partir dos estudos do núcleo, serão feitos mapeamentos territoriais para uso planejado de recursos em setores fundamentais, tais como armazenagem, irrigação, correção e conservação de solos, máquinas e implementos agrícolas.

– Entre as vantagens do planejamento prévio está a melhoria da eficiência agrícola, possibilitando melhor foco das políticas públicas, redução do risco e alocação do crédito rural a partir das vantagens de cada região do Brasil – destaca o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Mendes Ribeiro Filho.