Após o último relatório do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, na sigla em inglês), que divulgou estimativa de safra maior que a prevista, os preços do grão caíram no mercado internacional. Há dois meses, o bushel negociado na bolsa de Chicago chegava a US$ 18,00, e agora se encontra em U$ 14,00. Com quase 90% da safra colhida, as possibilidades de novas mudanças no relatório são pequenas e a expectativa é de que os preços continuem nesse patamar.
A variação dos valores nos estoques dos Estados Unidos foi benéfica tanto para a indústria como para os produtores brasileiros: 60% da safra já foi negociada no mercado futuro com preços mais altos. Se a cotação permanecer recuando, a maior parte dos produtores terá boa margem de lucro.
– O clima mais favorável deve trazer safras recordes e, com isso, boa parte da safra já está vendida. Assim, a rentabilidade da safra de soja no ano que vem será extremamente boa. A margem de lucro para o produtor do Sul será de 80%, e para o Cerrado, de 60%, nível jamais visto na história – explica o analista de mercado Carlos Gogo.
E mesmo com a perspectiva de aumento de produção para a próxima safra, especialistas estimam que o preço não deverá cair abaixo dos patamares atuais.