A previsão é a primeira do governo argentino para a safra de soja 2012/2013 e está em linha com as estimativas privadas. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires prevê área cultivada de 19,7 milhões de hectares. A Argentina é o terceiro maior país exportador de soja, atrás do Brasil e dos Estados Unidos, e o maior exportador de óleo e farelo de soja.
Apesar do começo lento do plantio, os produtores argentinos estão a caminho de atingir patamares históricos de produção de soja e milho em 2012/2013, estimulados por preços globais elevados e auxiliados pelo clima úmido.
Até o momento, 22% da área de soja foi plantada, queda de 15,4% em relação a igual período do ano passado, de acordo com a Bolsa de Cereais de Buenos Aires. No caso do milho, 45% da área já foi semeada, redução de 17% na mesma base de comparação. Chuvas fortes nos últimos dois meses, atribuídas ao fenômeno climático El Niño, inundaram áreas e atrasaram a semeadura, mas uma recente onda de clima ensolarado melhorou as condições do solo.
O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) espera que a Argentina produza 55 milhões de toneladas de soja em 2012/2013, acima do recorde anterior, de 52,7 milhões de toneladas obtido em 2009/2010. Com relação ao milho, a expectativa inicial era de que a safra argentina somasse 28 milhões de toneladas nesta temporada, mas agora a previsão é de 26 milhões de toneladas a 27 milhões de toneladas devido ao atraso no plantio, segundo a associação de produtores argentinos de milho Maizar. Mesmo com o ajuste para baixo, o volume esperado supera o recorde de 24 milhões de toneladas de 2010/2011.