Estação Quarentenária de Cananéia (SP) será reformada para receber suínos importados

Iniciativa do Ministério da Agricultura busca ampliar controle da entrada de suínos vivos no Brasil e reduzir período da quarentenaPara intensificar o controle da entrada de suínos vivos no Brasil, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) vai reformar e adequar a Estação Quarentenária do Mapa na Ilha de Cananéia-SP (EQC). A expectativa é que o local passe a recepcionar animais a partir de março de 2013, o que vai proporcionar um controle intensificado da entrada de animais aliado à redução da quarentena.

A iniciativa do Mapa tem apoio de representante de associações do segmento de suínos. Em 15 dias, o setor produtivo vai enviar projeto de reforma e adequação da estrutura para o padrão de quarentena para apreciação da equipe técnica do Ministério da Agricultura. De acordo com o diretor do Departamento de Saúde Animal (DSA), Guilherme Marques, o Mapa aproveita a expertise dos setores envolvidos para a aplicação de uma estrutura necessária para recepcionar esses animais da melhor forma possível.

Ainda de acordo com Guilherme Marques, o projeto reúne o interesse do governo de blindar a suinocultura, sob o ponto de vista econômico e social, tendo em vista a quantidade de empregos que são gerados pela atividade.

– Dessa forma teremos condições plenas de controlar o processo de importação de uma forma mais efetiva e reduzir os tempos em que essa quarentena ocorra – destaca Marques, que acredita que o período de isolamento de animais deve cair pela metade, passando para, em média, um mês em meio à duração da quarentena.

Na Estação Quarentenária de Cananéia, os animais ficarão sob supervisão por período integral, o que possibilita o maior controle dos animais e exames para evitar a introdução de doenças exóticas ao plantel nacional.

– Com o controle estrito do processo, mantemos a importação, que é importante para o país, com toda a segurança que a atividade requer – ressalta.

Ainda segundo o diretor, a reforma transformará a estação em um grande centro de quarentena e de pesquisa, o que pode viabilizar a importação e exportação de suínos para mercados de interesse estratégico para o Brasil.

– Com isso, nós poderemos ter respostas rápidas a todos os questionamentos que por ventura possam existir referentes a essas transações, como resultados sanitários, diagnósticos e garantias que envolvem todo o processo – explica Marques.