O objetivo do projeto, lançado nessa terça, dia 20, em Santana do Livramento, é ter uma base de conhecimento técnico que sirva de orientação para criar uma indicação de procedência na região. Envolvendo sete instituições científicas e tecnológicas, a iniciativa irá contratar pesquisadores, colaboradores técnicos e bolsistas.
– Na Campanha, a atividade é desenvolvida na base da tentativa e erro ou acerto. Toda a parte técnico-científica de produção que não ocorre de forma organizada começa a ser construída – diz José Fernando da Silva Protas, da Embrapa Uva e Vinho.
Com empresas desde a década de 70, a região teve um salto na produção no início dos anos 2000. Em 2011, foram 10 milhões de litros, conforme a Associação Vinhos da Campanha.
– Hoje, já respondemos por 15% da produção de vinhos finos do Brasil – salienta Valter Pötter, proprietário da Guatambu Estância de Vinhos e vice-presidente da associação.
Rogério Valduga, presidente da Associação dos Produtores de Vinhos Finos do Vale dos Vinhedos – região hoje com denominação de origem -, afirma que o número de empresas triplicou, o turismo cresceu, e novos empregos foram criados:
– São pelo menos 1,2 mil pessoas trabalhando em 30 empresas, fora estabelecimentos ligados ao enoturismo.
A Indicação Geográfica (IG) é concedida a produtos pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). As indicações são divididas em duas categorias:
– Indicação de Procedência (IP): é uma sinalização, que pode ser concedida por um selo, de que um produto é originário de um país, uma cidade ou uma região com características diferenciadas de produção. Um exemplo é o vinho produzido em Pinto Bandeira.
– Denominação de Origem (DO): é o nome geográfico dado a um produto para mostrar que é originário daquele local e que é feito com alto grau de excelência graças a características diferenciadas. É o caso do vinho do Vale dos Vinhedos.
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