— Isso é mais indicado para pequenos produtores, para ovinos. Essa técnica é muito utilizada na produção familiar, porque, no caso do feno, é para pequenas produções. A silagem é totalmente feita com equipamento, com ensiladora — explica a zootecnista Joseane Lima.
Para a produção de feno, o ideal é que a colheita seja feita quando o capim estiver com idade de 30 a 60 dias, pois o caule tem mais folhas e seca mais rápido. No preparo de silagem os cuidados são diferentes. Com esta idade, o capim está com alto teor de umidade e não pode ser ensilado em seguida, pois a fermentação pode não sair como o desejado.
— Ele pode utilizar alguns produtos nutritivos que sejam secos pra absorver, farelo de trigo ou algum feno de boa qualidade — diz Joseane.
De acordo com a zootecnista, antes da colheita o preparo do solo é fundamental para garantir a fertilidade. Níveis de fósforo, potássio e nitrogênio devem ser corrigidos. Mas o investimento mesmo, é no manejo. Não é preciso muito para aproveitar as vantagens da cultura.
— O produtor pode usar uma ensiladora, picar e levar pra secar. É um alimento com excelente valor nutritivo e custo muito baixo.
O capim elefante também pode ser aproveitado como fonte de calor e vapor, usados na indústria cerâmica e metalúrgica, com a vantagem de ser bem menos poluente.
Segundo o engenheiro do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT), Vicente Mazzarella, a biomassa gerada pela planta deve ser queimada para obter calor, vapor e termoeletricidade. Tudo com baixo custo de produção. O pesquisador afirma ainda que o capim elefante polui menos que o carvão mineral e menos ainda que o vegetal, além de ser mais barato no que se refere a extração. O capim é uma matéria 100% aproveitável.