Em seu relatório mensal, a câmara afirmou que a desvalorização do peso argentino entre 25% e 30% em relação à moeda norte-americana, somada à alíquota de 15% do imposto de exportação da carne, mais os custos internos de produção, encarecem a carne argentina no mercado internacional. Os embarques que chegaram a ser menores em função da falta de carne, agora sofrem com a defasagem cambial, segundo detalhou o relatório.
A Argentina deve chegar ao fim do ano com vendas totais inferiores a 200 mil toneladas, o que leva o país a perder mais posições no ranking de exportadores, saindo do oitavo para 10º lugar. Mesmo no pior ano da crise do setor, em 2009, a Argentina exportou mais que o dobro desse volume, 621 mil toneladas.
Nestes primeiros nove meses do ano, o valor das exportações de carne bovina foi de apenas US$ 727 milhões, queda de 25% no ano. No entanto, segundo a Ciccra, a produção entre janeiro a setembro se recuperou e chegou a 1,91 milhão de toneladas, ante 1,86 milhão de toneladas no mesmo período de 2011.