Isso elevaria a participação do Brasil no total de milho para ração importado pelo Japão para 30% em 2012/2013, ante 6% no ano anterior, destacou o executivo. Enquanto isso, a fatia dos EUA cairia de 86% para 57%.
A Zen-Noh produz cerca de 7,2 milhões de toneladas de ração animal, o equivalente a 30% da produção do país, em seus 22 moinhos, de acordo com Katsunaka. A federação movimenta em torno de 4,3 milhões de toneladas de milho anualmente, incluindo 3,53 milhões de toneladas do cereal destinadas para ração.
O Japão já chegou a importar 95% ou mais de suas necessidades de milho para alimentação animal dos EUA, mas a parcela caiu para 93% em 2009/2010 e 88% em 2010/2011, destacou Katsukawa. Este ano, devido à queda acentuada da produção de milho norte-americano após a seca extrema no país e de uma safra robusta brasileira, que levou a maior disponibilidade e preço mais baixo, importadores mudaram a sua fonte de compra.
– O milho do Brasil é um pouco mais duro e menor. É mais difícil fazer flocos para a alimentação animal com ele, mas as importações japonesas do cereal brasileiro estão subindo – afirmou.
Katsukawa disse ainda que o volume importado pelo Japão de milho dos Estados Unidos para ração deve cair 36% em 2012/2013, passando de 8,9 milhões de toneladas em 2011/2012 para 5,7 milhões de toneladas.