– Acredito que seja positivo, mas não tão significativo como agora porque os volumes maiores já foram exportados – disse Ricardo Tomczyk, vice-presidente da associação.
Ele observa que a alta de 3,6% do PIB do setor no terceiro trimestre deste ano deve-se à entrada de uma safrinha recorde de milho em um momento em que as cotações mundiais do grão estavam em níveis elevados por causa da quebra da produção norte-americana.
– Foi um volume inimaginável com um valor médio de comercialização bastante acima do previsto – afirmou.
Tomczyk avalia que o atraso no plantio de soja em Mato Grosso deve provocar uma redução de um milhão a 1,5 milhão de toneladas na produção de milho safrinha do ano que vem.
Notícias Relacionadas
– Talvez em área não se reduza tanto, mas em produtividade haverá uma queda não só pelo atraso, mas porque as condições climáticas excepcionais deste ano muito provavelmente não vão se repetir.
Ele também espera que os preços do milho e da soja diminuam no próximo ano com a possível recomposição dos estoques mundiais. Assim como o Brasil, os Estados Unidos também devem expandir a área plantada com grãos em 2013.
– Então, mesmo que os volumes exportados sejam maiores, os preços devem ser menos remuneradores – finalizou.
