Mapa instala grupos gestores em 23 Estados para difundir o Plano ABC

Grupos têm a função de orientar os produtores rurais, por meio de seminários, sobre as boas práticasO Grupo Gestor Estadual (GGE) do Plano Agricultura de Baixa Emissão de Carbono (ABC) está presente em 23 regiões do País. Até o final de dezembro deste ano, a meta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), com o apoio dos governos estaduais, é instituir o GGE em mais dois estados: Alagoas e Sergipe. Para 2013, a previsão é de instalação do espaço no Acre e no Amapá.

Esses grupos têm a função de orientar os produtores rurais, por meio de seminários, sobre as boas práticas sustentáveis, bem como os meios de acesso ao crédito oferecido pelo Programa ABC. Hoje, a elaboração de projetos para a captação de recursos está entre as maiores dificuldades do meio rural, especialmente devido à falta de assistência técnica. Para isso, o Mapa trabalha em parceira com estados e municípios na capacitação dos técnicos para levar as informações ao produtor.

O ministério, especificamente, coordena a criação dos Grupos Gestores Estaduais para auxiliar na divulgação e implementação do ABC nas Unidades da Federação. Cabe aos grupos também definir quanto cada estado pode contribuir para reduzir a emissão de gases de efeito estufa na agricultura e pecuária. O Governo Federal espera, inclusive, ter resultados ainda mais expressivos que a meta de reduzir, até 2020, entre 125 e 133 milhões de toneladas de CO2.

Financiamento às lavouras sustentáveis

O compromisso assumido pelo ministro Mendes Ribeiro Filho de alocar mais recursos para incentivar a produção sustentável está concretizado no Plano Agrícola e Pecuário 2012/13, lançado em junho deste ano. A linha de crédito oferecida aos produtores rurais para a adoção de técnicas agrícolas sustentáveis, conhecida como Programa ABC, tem R$ 3,4 bilhões disponíveis em linhas de crédito.

Entre as práticas financiadas, estão sistema de plantio direto, tratamento de resíduos animais, integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF), fixação biológica de nitrogênio, plantio de florestas e recuperação de áreas degradadas. As operações mais contratadas estão aquelas para financiar o plantio direto e recuperação de pastagens.

Chama atenção que o recurso pode ser captado com juros de 5% ao ano, a menor taxa fixada para o crédito rural destinado à agricultura empresarial praticados pelo Banco do Brasil e pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O prazo para pagamento é de cinco a 15 anos, e o limite de financiamento é de R$ 1 milhão.