Guimarães destacou que os criadores de aves e suínos não enfrentam problemas com a falta de milho, mas com os altos preços do cereal, que foram impulsionados pelas exportações. Ele diz que a perspectiva é de preços sustentados até meados de 2013, quando entrará no mercado a produção de milho safrinha, semeado no início do ano, logo após a colheita da soja.
Apesar das reclamações dos criadores, Guimarães declara que as exportações recordes devem ser comemoradas, pois o Brasil está se consolidando como um importante player no mercado internacional de milho, o que irá incentivar o aumento do plantio do cereal, principalmente a safrinha. Ele observa que, no último levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a expectativa era de queda de 6% na área cultivada com o milho de verão – semeado a partir de setembro -, por causa da perda de espaço para a soja.
Ele informa que o governo pretende recompor os estoques no próximo ano, mas depende do comportamento das cotações do milho, pois o mercado em alta dificulta que sejam colocados em prática os dois instrumentos da política agrícola, que são as aquisições do governo federal (pelo preço mínimo de garantia) ou contratos de opções de venda (preço mínimo mais custo de carregamento).
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Para colher os elementos que irão definir as estratégias para o mercado de milho no próximo ano, o governo faz no dia 13 deste mês uma reunião na sede do Ministério da Agricultura, em São Paulo, onde estarão presentes representantes dos agricultores, das associações de criadores, das indústrias de carnes, além de comerciantes e tradings.
Exportação
O volume recorde de exportação de 15,184 milhões de toneladas de milho de julho a novembro deste ano ficou 158% acima do registrado em igual período do ano passado. Já a receita de US$ 4,049 bilhões é 131% maior que a contabilizada nos primeiros cinco meses da safra passada. Vale lembrar que as exportações acumuladas superam em 79% os 8,5 milhões de toneladas exportados de julho do ano passado a junho deste ano.
