Federação de arrozeiros do Rio Grande do Sul pede fim dos leilões da Conab

Presidente da entidade diz que é contrário a medidas de intervenção para baixar preçoA Federação das Associações de Arrozeiros do Rio Grande do Sul (Federarroz) informou nesta sexta, dia 7, que espera o fim dos leilões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) pelo menos até o fim do ano. Renato Rocha, presidente da entidade, afirma que a federação é contrária a leilões de intervenção no mercado do arroz para baixar preço.

— Estávamos com mercado firme a R$ 39,00 agora está R$ 37,00 (a saca de 50 quilos do arroz). Entendemos que a intervenção é inadequada e baixou o preço. Vamos seguir fazendo pressão para manter o preço — disse.

Rocha também argumenta que o governo tem comercializado apenas 40% do volume ofertado, e os preços médios estão fechando em R$ 32,00.

— O governo está fazendo intervenção, o mercado está abastecido e mesmo assim o governo está insistindo. A indústria compra mais do estoque público do que do privado. Tem estoque (privado) até a entrada da safra, o governo tem de parar com os leilões.

Os leilões dos estoques da Conab começaram em setembro, semanalmente, e foram avaliados como positivos à época, por causa da sustentação das cotações. Mas com o andamento dos negócios, e um recuo nos preços, os arrozeiros pressionaram por leilões com intervalos quinzenais. As negociações mais recentes, com preço médio de R$ 32,00 foram realizadas na última quinta, dia 06.

O presidente da Federarroz comemorou, no entanto, a renegociação das dívidas dos arrozeiros, anunciada na última semana pelo ministro da Agricultura, Mendes Ribeiro.