Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, é o recordista de ocorrências (232) e encabeça a lista que abrange principalmente a região da campanha e da fronteira oeste do Estado. Em segundo lugar, aparece Bagé, com 226 registros. O relatório é baseado em ocorrências feitas na Brigada Militar de cidades do Rio Grande do Sul e realizado a pedido da Farsul.
Segundo Carlos Simm, um dos diretores da Farsul e membro da comissão de bovinocultura de corte da instituição, somente no ano passado, foram abatidas cerca de 1 milhão de cabeças de gado na informalidade.
? Este número não se refere apenas ao gado perdido por meio do abigeato, mas é inegável que o número assusta. Muitos locais, do abate à venda ao consumidor, não cobram a procedência da carne, o que gera um problema fiscal e sanitário ? explicou.
Segundo Airton Balcemão Rodrigues, assessor de segurança da Farsul, reuniões devem definir que atitudes serão tomadas para conter a ação dos criminosos.
? A Polícia Civil e a Brigada Militar devem trabalhar em conjunto para que haja redução no número de ocorrências ? alertou o dirigente.
A estrutura das quadrilhas também é outro fator preocupante.
? Existem grandes redes envolvendo quem mata e quem compra essa carne clandestina. Não só ações da polícia como de prefeituras e órgãos de fiscalização necessitam ser feitas ? alerta o delegado da 9ª Delegacia Regional de Polícia Civil em Bagé, Sezefredo Lopes, que trabalha no combate ao abigeato na campanha.