Ao contrário da Argentina, que teve estabelecida cota de 3,6 mil toneladas por mês, não há acordo com os uruguaios. A média mensal vinda do Uruguai nos últimos 12 meses é de 4,4 mil toneladas. Para o produto entrar no Brasil, é necessária guia de autorização de importação do Ministério do Desenvolvimento e guia sanitária do Ministério da Agricultura, que devem ser solicitadas pelos compradores, indústrias ou atacadistas. Enquanto no Uruguai o custo de produção é de US$ 0,30 (R$ 0,14) por litro, no Brasil varia de R$ 0,75 a R$ 0,80.
Neste ano, a alta dos insumos para ração animal, que atingiu setores de aves e suínos, também foi sentida pelos produtores de leite. Presidente da Comissão do Leite da Federação da Agricultura do Estado, Jorge Rodrigues lembra que o Rio Grande do Sul envia cerca de 70% do leite para fora do Estado, onde os uruguaios competem. Apesar da maior oferta, não há baixa de preços para o consumidor, avisa o secretário executivo do Sindicato das Indústrias de Laticínios do Estado (Sindilat), Darlan Palharini. Para o dirigente, o aumento de volume pode ter ocorrido por algum negócio de ocasião para importadores.