– Tivemos um bom início de temporada, os eventos que ofertaram cordeiros tiveram todos os exemplares vendidos. E os produtores estão comprando animais para reprodução, com a ideia de ampliar o plantel e aumentar a oferta de carne no mercado – salienta.
Para Schwab, a facilidade de crédito do programa Mais Ovinos no Campo, criado em janeiro de 2011 pela Secretaria da Agricultura, tem impulsionado o desenvolvimento da atividade nos últimos dois anos. Com créditos de R$ 102 milhões para retenção de fêmeas no campo e aquisição de matrizes e reprodutores, até outubro foram liberados R$ 42,48 milhões em 1,82 mil contratos para 269,38 mil animais.
Segundo o dirigente da Arco, o consumo médio per capita de carne ovina no Brasil é modesto, de 400 gramas ao ano. A quantidade é muito baixa se comparada a outros tipos, como a suína, que ultrapassou os 15 quilos per capita em 2012. Schwab enfatiza que um dos problemas a ser resolvido é a informalidade no abate de ovinos, que no Brasil chega a surpreendentes 92%.
– Quanto mais conseguirmos organizar o setor e agregar valor à produção, poderemos ter maior alcance junto ao consumidor – ressalta Schwab.
Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) indicam que o número de ovinos no Brasil é de 16 milhões de cabeças. Para atender à demanda interna e aumentar o consumo, a estimativa dos criadores é de chegar a 50 milhões de animais.
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