A restrição de oferta no Brasil e no mundo, a valorização do dólar, problemas de qualidade e a maior demanda impulsionam as cotações desde o início deste semestre. Conforme pesquisadores a entidade, o mercado brasileiro de trigo já viveu, em outros momentos, baixa oferta do produtor, mas isso ocorria na entressafra (primeiro semestre), período que coincide com os maiores preços históricos, nominais e reais.
Para o período de término da colheita, o movimento altista é atípico e inesperado, avaliam os pesquisadores. Isso ocorre porque Brasil e Argentina reduziram significativamente a área semeada e, além disso, a produtividade e a qualidade foram menores nos dois países.
Outro ponto negativo é que Uruguai e Paraguai também passam por reduções de oferta e problemas com qualidade do grão. Este cenário sinaliza preços firmes para os próximos meses, o que preocupa compradores do grão e consumidores dos derivados, intermediários e finais.