Para o diretor executivo da organização, Ariovaldo Zanni, o setor de alimentação, incluindo o de carnes, deve ser um dos últimos e menos afetados pela crise de liquidez.
? Pode até haver substituição deste por aquele, mas o mundo continuará demandando alimentos, o que beneficia fortemente a cadeia de produção no todo, e também a indústria de nutrição animal.
Avicultura
O setor de nutrição para aves deve registrar aumento de 4,1% no ano, entre frangos de corte e poedeiras. No primeiro trimestre de 2009, a tendência é de que haja algum recuo no consumo de ração graças ao desalojamento de pintinhos, que vem acontecendo desde o final de 2008. O preço pago ao produtor, porém, já reagiu e deve haver compensação durante o ano.
? Produtores de frango nos EUA não conseguirão suprir parte da demanda mundial, porque já anunciaram a diminuição da produção e exportação. Isso abre caminho para o frango brasileiro, que deve exportar mais 5% em 2009 ? diz Zanni.
Suinocultura
A produção de ração para suínos deve crescer 5% em 2009 graças à conquista de novos destinos para exportação e à ocupação de espaço deixado por exportadores tradicionais que enfrentaram profunda crise de custos na alimentação dos animais. Amargando desde o ano passado a queda nos preços e menor demanda externa pelo redimensionamento de cotas de importação da Rússia, os suinocultores devem ver uma recuperação neste ano, principalmente se apoiados pelas autoridades sanitárias brasileiras nas negociações com os países destino.
Bovinocultura
O setor de nutrição para bovinocultura deve registrar um dos crescimentos mais expressivos em 2009, atingindo 8,8% em relação ao ano passado. A pecuária de leite , que enfrentou preços baixos durante e superoferta no segundo semestre de 2008, deve se recuperar neste ano via recuperação dos preços e demanda externa. Em resposta à contínua tendência de semiconfinamento do gado de corte, a demanda doméstica por alimentação industrializada para bovinos deve crescer 10% em 2009.