O ministro interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, chegou a sugerir que houve “sabotagem”, mas em seguida descartou a hipótese e deixou claro que não sabe as causas do apagão. Ele enviou uma equipe ao local para investigar e prometeu um “pente-fino” no sistema para identificar eventuais gargalos.
— O sistema elétrico brasileiro foi projetado e planejado para operar num determinado nível de confiabilidade. A partir do momento que tem redução de confiabilidade, agora recente, determinada pela sequência de eventos, tem de tomar as ações necessárias para que se reestabeleça a confiabilidade — disse.
O ministro também afirmou que, “probabilisticamente, essa sequência de eventos é impossível de ocorrer. É difícil entender como isso pode ocorrer”. Sobre sabotagem, admitiu que esse é o “primeiro raciocínio” e que “não adianta tapar o sol com a peneira”, mas descartou a possibilidade de o erro ter sido provocado intencionalmente.
Segundo o Operador Nacional do Sistema elétrico (ONS), um curto-circuito na linha de transmissão entre Colinas (TO) e Imperatriz (MA) foi responsável pelo apagão. A linha é operada pela Taesa, controlada pela Cemig, que trava com o governo uma disputa jurídica. A companhia quer renovar algumas concessões sob regras antigas, justamente quando o governo tenta reformular o sistema para reduzir a conta de luz em 16,2% para consumidores e até 28% para a indústria.