O clima colaborou e a lavoura ficou pronta dentro do prazo previsto. Sessenta dos 880 hectares da fazenda Cabeceira da Pedra, em Bandeirantes, Mato Grosso do sul, estão sendo colhidos. O dono da soja é o produtor Altino Brauner, gaúcho de nascimento, mas sul-mato-grossense desde o início da década de oitenta. É um dos primeiros a colher no Estado. Na boca da colheitadeira, se diz satisfeito com o resultado.
A área é arrendada. O dono da terra é Junior Santana, que ao saber que havia iniciado a colheita, decidiu fazer uma visita. Filho de família tradicional na pecuária, viu aos poucos as pastagens perderem o vigor. Foi então que decidiu fazer uma parceria com produtores rurais. Dos 10 mil hectares, 7 mil estão arrendados. Com Altino Brauner, os negócios já são feitos há 10 anos e tem prorrogação de contrato pela frente.
Além dessa, Brauner arrenda outra área próxima, totalizando 1,8 mil hectares de lavoura. E o foco dele é plantar, tanto que a colheita é terceirizada. Ele fez as contas. Para colher toda a área precisaria de pelo menos seis colheitadeiras. Preferiu pagar 5% da produção pelo serviço e investir o dinheiro em outros negócios.
Da lavoura a soja vai para os armazéns, uma parte para cumprir contratos de vendas antecipadas e outra parte vai para o mercado disponível. Brauner quer aproveitar os preços, que normalmente estão melhores no início do período de plantio.
E a safrinha de milho também gera boas expectativas, por isso não dá para perder tempo. Até 15 de fevereiro serão plantados 900 hectares, metade da área que hoje tem soja. E seguindo as recomendações técnicas, nos outros 50% das lavouras, o produtor vai plantar braquiária para cobertura do solo.