Exportações de milho em alta geram expectativa e especulação no mercado interno

Agentes questionam se os estoques do grão serão altos o suficiente para que os produtores tenham interesse em vender ou se as exportações enxugarão os excedentes internosApenas nas duas primeiras semanas de janeiro, as exportações brasileiras de milho somaram 1,4 milhão de toneladas, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), sendo que a média diária está em 177,6 mil toneladas. Caso o ritmo seja mantido, os embarques do mês devem ser bem superiores a três milhões de toneladas do grão, de acordo com os pesquisadores.

Diante desse cenário, produtores e compradores questionam se os estoques serão altos com a entrada da nova safra, levando produtores a elevar o interesse por vendas, ou se as exportações enxugarão os excedentes internos.

As atenções também se voltam para as condições de oferta e demanda de milho no Brasil. Nos últimos dias, muitos agentes analisam se deve prevalecer a demanda observada especialmente nos portos, ou se as estimativas de boa colheita no verão pressionarão as cotações no interior do país.

Negócios em ritmo lento com milho em Mato Grosso

Cerca de 15,6% do milho que será colhido nesta temporada em Mato Grosso já foi comercializado, de acordo com dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (IMEA). No mesmo período do ano passado, os estoques do produto eram bem reduzidos e o volume negociado era de 35,3%.

Desde o início do ano, o preço do milho na região de Rondonópolis (MT) recuou 18%. Na comparação com o mesmo período de 2012, a cotação atual está 45% maior.