Setor de vinhos pede redução dos tributos ao governo

Medida visa tornar produto mais acessível ao consumidorAlém de promover o consumo de vinhos no país, a cadeia vitivinícola trabalha com o governo - estaduais e federal - para reduzir a tributação incidente no produto. Hoje, segundo o diretor executivo do Instituto Brasileiro do Vinho (Ibravin), Carlos Raimundo Paviani, dependendo do produto, os tributos representam de 42% a 55% do preço final dos itens tanto nacionais quanto importados.

— Os vinhos mais econômicos, inclusive, são os mais penalizados, porque há, além das alíquotas, impostos de valor fixo. Vamos trabalhar mais fortemente com as secretarias da Fazenda de nove Estados, entre eles, São Paulo. Hoje, na praça paulista, a alíquota do ICMS é de 25%, sem dúvida, a maior tributação sobre vinhos do país. Cervejas e cachaças têm um porcentual de 18% no Estado — declarou o executivo.

No âmbito federal, Paviani disse que o setor faz parte de um conselho de competitividade do agronegócio junto ao Brasil Maior e pede a redução parcial e até total de alguns tributos.

— Se tivermos a informação e os tributos certos e o preço correto, aí será mais fácil aumentar o consumo da bebida no país — disse o vice-presidente da Associação Brasileira de Supermercados (Abras), Márcio Milan.

Sobre a substituição tributária, o setor está trabalhando para que a “margem de valor agregada” seja “coerente”.

— Em março, apresentaremos um estudo para a Secretaria da Fazenda de São Paulo, elaborado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), para mostrar a diferença entre o preço de saída dos itens e o valor vendido ao consumidor — antecipou o presidente da Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe), José Augusto R. Da Silva.

O setor também está criando o Fundo Nacional para Promoção do Vinho.

— Estamos debatendo esse assunto no grupo de trabalho da cadeia junto ao governo. A ideia é que em 2013 esse fundo seja constituído para 2014 já aplicarmos esse recurso — disse Paviani, do Ibravin, sem dar mais detalhes.