A projeção de safra do Centro-Sul do Brasil foi ajustada em 1,2 milhão de toneladas, em virtude do clima favorável no fim da colheita de cana-de-açúcar. A consultoria também elevou em 130 mil toneladas a sua previsão de produção dos EUA, para 8,2 milhões de toneladas, com uma colheita de beterraba recorde, acompanhada de uma produção maior do que o esperado de cana. A estimativa de safra da Ucrânia também foi revisada para cima em 248 mil toneladas, para 2,4 milhões de toneladas.
Por outro lado, a Kingsman reduziu a previsão de consumo global em 440 mil toneladas, depois de um crescimento decepcionante da demanda por parte da União Europeia (UE) e uma migração para adoçantes sem açúcar em outros lugares. Conforme a consultoria, o volume excedente disponível no mercado mais do que compensa a queda da produção de países como Rússia, Indonésia e Tailândia.
A consultoria também fez a primeira estimativa de excedente para 2013/2014, projetando que chegará a 6,3 milhões de toneladas, por causa da perspectiva de aumento da produção brasileira, com clima mais favorável e área plantada maior, e de leve incremento da safra australiana, devido à expansão da área semeada.
A expectativa é de que a produção de cana e de beterraba se recupere na UE e Tailândia, supondo um retorno às condições climáticas normais. Isso elevaria o volume colhido em relação aos níveis deste ano, prejudicados pelo clima.
A Kingsman acrescentou, entretanto, que os preços baixos internacionais e domésticos significam que a produção provavelmente diminuirá em vários países, pois agricultores devem buscar retornos melhores em outras culturas. Esse deve ser o caso principalmente dos produtores de beterraba da Rússia, Ucrânia e dos EUA, e dos produtores de cana do México.