— O mercado de grãos vai determinar o ritmo da produção — afirmou. Não se projeta, no entanto, uma crise como a ocorrida de 2012.
Apesar da perspectiva de que os insumos continuarão pressionando os custos, a associação ainda trabalha com a ideia de manutenção dos preços do produto final neste ano. Só em 2012 a elevação chegou a 25%, e nova alta dependerá do impacto do aumento do diesel no frete.
— O governo dá de um lado, mas tira do outro. Então, não adianta, isso é demagogia. Diminuir custo de energia e aumentar custo de combustível, as duas grandes contas nossas são a energia e o combustível — disse Nestor Freiberger, presidente da entidade.
Segundo ele, a redução da energia elétrica não será percebida pela indústria, porque o combustível pesa mais nos custos de produção.
Em 2012, o abate de frangos no Rio Grande do Sul caiu 7,16% ante 2011, para 774,2 milhões de aves. O alojamento também recuou no período, 0,5%, para 792 milhões de cabeças, de acordo com a entidade. A produção de aves inteiras e cortes caiu 6,71% na comparação com 2011, para 1,529 milhão de toneladas.
Somente no Estado, o setor registrou crescimento de 4,8% na comercialização de frango inteiro e cortes, resultado, segundo a entidade, de uma mudança na política tributária do Estado, que garantiu competitividade em relação à produção de Santa Catarina e Paraná.
A produção de carne de frango diminuiu 3,17% no Brasil em 2012, fechando o ano num total de quase 12,7 milhões de toneladas.
Milho
A Asgav voltou a cobrar do Ministério da Agricultura uma política de retenção de milho no mercado interno, para garantir o abastecimento em anos de forte exportação. Segundo Nestor Freiberger, a proposta é de que o governo acione um dispositivo de compra para garantir que a Companhia Nacional de Abastecimento tenha um estoque regulador mínimo para diminuir a especulação.