Preço da matéria-prima agropecuária segue desacelerando, diz FGV

Entre os destaques do indicador de janeiro para o produtor está o grão da soja, que apresentou queda de 14,23%, ante recuo de 1,69% no mês anteriorAs matérias-primas agropecuárias continuam pressionando negativamente a inflação no atacado, segundo o Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI). A expectativa é de que continuem em desaceleração de preços, afirmou o coordenador de Análises Econômicas do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), Salomão Quadros. Ele espera que, aos poucos, a perda de ritmo dos preços das matérias primas agropecuárias contamine toda a cadeia para, no momento seguinte,

Entre os destaques do indicador de janeiro para o produtor está o grão da soja, que apresentou queda de 14,23%, ante recuo de 1,69% no mês anterior. Como consequência, alguns dos seus derivados, como óleo de soja (de 1,14% para -3,27%), atingiram também taxas negativas. Na mesma linha da soja, prossegue desacelerando o preço do milho (de 3,47% em dezembro para -3,21% em janeiro), das aves (de 8,10% para 0,21%), dos suínos (de 6,50% para -0,21%) e do arroz (de -3,71% para -4,70%).

A avaliação do Ibre/FGV é que ainda há espaço para que os preços de alguns desses produtos alimentícios continuem perdendo força nos próximos meses, até que devolvam boa parte das altas acumuladas em 12 meses. Apenas a soja acumula alta de 36,85% no período.

– Tem algum espaço para devolver. Mas não vai devolver isso tudo, porque uma parte ainda tem a ver com a expectativa de safra nos Estados Unidos. Só no momento de segurança com a safra que a gordura será retirada – disse Quadros. Além da soja, destacou o acúmulo de alta em 12 meses de 38% para o arroz; de 45% para as aves; e de 26,83% para os suínos. 

Agência Estado