Pesquisa detecta otimismo de fornecedores do setor sucroenergético

Entre os fatores que influenciaram o resultado, estão a previsão de uma safra de cana-de-açúcar maior e o aumento de contratos de fornecimento de equipamentos durante a entressafraO Índice de Confiança dos Fornecedores do Setor Sucroenergético (ICFSS Reed Multiplus/Fundace) subiu de 0,54 em outubro, quando foi realizada a última rodada da pesquisa do Programa de Pesquisa em Agronegócio da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto da USP (Agrofea/USP), para 0,58 em janeiro. O indicador é medido bimestralmente e varia no intervalo de 0,00 a 1,00, onde valores acima de 0,50 ponto indicam empresários confiantes.

De acordo com comunicado do Agrofea, o índice alcançou no mês passado o maior valor desde fevereiro de 2012, quando bateu 0,59 ponto. Este foi o segundo maior valor da série histórica que começou a ser divulgada em outubro de 2011.

No que se refere às condições atuais, a percepção dos empresários atingiu 0,51 ponto, indicando confiança no cenário do setor, o que não acontecia desde fevereiro de 2012. A variável que questiona os gestores sobre Fornecimento para o Setor Sucroenergético apresentou a maior elevação (0,09 ponto), subindo para 0,50. De acordo com o estudo, o valor demonstra que os gestores voltaram a estar confiantes em relação ao fornecimento de máquinas e equipamentos para as usinas.

Outro indicador que compõe o índice, a expectativas dos gestores apresentou alta de 0,03 ponto, chegando a 0,62. Da mesma forma que o indicador sobre condições atuais, a economia geral também foi o fator mais negativo na composição do indicador sobre expectativas. O valor segue positivo e estável em comparação com a sondagem anterior, com 0,57 ponto.

As outras três variáveis que compõem o indicador de expectativas apresentaram elevação: o Sistema Agroindustrial Sucroenergético e o Fornecimento aumentaram em 0,04 pontos e o indicador que se refere às Condições Gerais da Empresa teve uma elevação de 0,02 ponto.

Para o professor Mauricio Pinto de Souza, um dos coordenadores do estudo, entre os fatores que explicam a perspectiva otimista estão a previsão de uma safra de cana-de-açúcar maior e o aumento de contratos de fornecimento de equipamentos durante a entressafra. Além disso, os gestores também se mostraram otimistas com um possível aumento no porcentual de etanol na gasolina, fato que foi confirmado com o anúncio, no dia 30 de janeiro, de que a mistura subirá de 20% para 25% a partir de maio.