A projeção é dos analistas da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) que, no quinto levantamento de safra divulgado nesta quinta, dia 7, apontaram redução de 8,2% na área cultivada de feijão de primeira safra, para 1,14 milhão de hectares. Mesmo com a redução no plantio, a produção de feijão das águas deve crescer 4% e atingir 1,285 milhão de toneladas, em virtude do aumento de 13,5% na produtividade.
Os técnicos da Conab observam que as boas perspectivas de outras culturas, como soja e milho, que têm maior estabilidade e liquidez, aliada à comercialização instável e os riscos climáticos da cultura do feijão, têm derrubado a intenção dos plantadores em todo país. Eles acreditam que a situação favorável de mercado neste início de ano deve incentivar o aumento de área no plantio de feijão de segunda safra, que começou no mês passado e se estende até meados de março. No entanto, a forte tendência de aumento da área de milho poderá limitar o cultivo de feijão, dizem os técnicos.
Os analistas destacam que o comportamento do mercado nos próximos meses fica condicionado ao volume de produção a ser colhido no Centro-Sul, que deverá intensificar as perdas, com destaque para a região Centro-Oeste e Minas Gerais, onde a colheita está bastante atrasada. Outra variável a ser observada é o clima na região Nordeste, onde o plantio ocorre a partir deste mês. As chuvas registradas até o momento na região estão abaixo do normal.
Para esta safra, o cenário previsto pelos técnicos da Conab, levando em conta a estimativa da primeira safra, mais as previsões para a segunda e terceira safras, é de produção de 3,400 milhões de toneladas, que somadas ao estoque de passagem e às importações projetadas em 200 mil toneladas propiciarão um suprimento de 3,92 milhões de toneladas. Este volume deve gerar “um excedente suficiente para um pouco mais de um mês de consumo, o que ficará razoável para a política de abastecimento”.
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