A estimativa é a primeira feita pela bolsa, que fornece o levantamento privado mais aguardado do país. A safra anterior foi estimada pela bolsa em 39,9 milhões de toneladas, abaixo das 40,1 milhões de toneladas apontadas pelo governo. A maior safra já colhida pela Argentina foi de 52,7 milhões de toneladas.
Produtores expandiram as lavouras de soja nesta temporada e as chuvas durante a primavera e o início do verão alimentaram expectativas de uma produção recorde. Contudo, o clima quente e seco em janeiro prejudicou parte das plantações e os agricultores temem que mais precipitações sejam necessárias para minimizar uma potencial perda de produtividade.
O cultivo da oleaginosa está praticamente concluído e a colheita deve começar em março. A previsão atual “reflete a deterioração de um alto porcentual de lavouras nas últimas semanas e o atraso do plantio em muitas áreas” devido às inundações no início da temporada, justificou a bolsa.
A Argentina é o terceiro principal exportador de soja em grão do mundo, perdendo apenas para o Brasil e os Estados Unidos. Preocupações com a falta de umidade no país recentemente impulsionaram os preços globais. O mercado mundial conta com uma produção volumosa na América do Sul para atenuar o aperto do estoque mundial, depois de quebras consecutivas na última temporada.
Milho
O plantio de milho acaba de ser finalizado na Argentina e as áreas enfrentam os mesmos desafios que a soja por causa da seca. A Bolsa de Cereais de Buenos Aires agora prevê que 3,7 milhões de hectares tenham sido destinados ao cereal na safra 2012/2013, mais que os 3,4 milhões de hectares projetados na semana passada.
Analistas privados esperam que a produção argentina de milho alcance entre 26 milhões e 28 milhões de toneladas nesta temporada, ante 21 milhões de toneladas em 2011/2012.