O produtor rural Alcides Bortolotto garante que a última safra foi melhor, e que no mês passado, alguns dias tiveram registros de 17°C, temperatura considerada baixa para o verão. Ele destaca que a brusone (doença causada por um fungo) ocorreu em função do clima.
– Não vai representar no que vou colher. Imagino que a gente poderia colher uns 10 sacos a mais por hectare – afirma Bortolotto.
Na atual safra, foram plantados mais de 1,76 milhão de hectares, 46 mil hectares a mais do que na safra passada. Analistas esperam que a produtividade se mantenha na média dos últimos anos.
– Mesmo que tenham ocorrido essas oscilações, nós estamos pensando em manter de 7.200 a 7.400 quilos por hectare, o que nos daria uma projeção de safra no Rio Grande do Sul de 7,7 milhões, 7,8 milhões – analisa o coordenador do Instituto Rio Grandense do Arroz (Irga), Eraldo Jobim.
Neste período, a lavoura de arroz plantada no Estado está 100% em fase reprodutiva. Cerca de 20% está em maturação, que é quando o grão fica amarelo e mais rígido, melhor etapa para a colheita.
O agricultor Bortolotto está esperançoso com a colheita. Plantou 300 hectares, o mesmo número do ano passado, e pretende colher oito mil quilos por hectare. Com uma produtividade tão boa, ele já está na expectativa de conseguir bons preços pelo grão e estima que a elevãção chegue em julho e agosto, ficando em torno de R$ 33,36 saco.
– Nas últimas três safras houve um aumento [de preço] bem significativo, expressivo, condicionado principalmente à manutenção do preço do arroz no mercado nacional e internacional. Nós patinamos aqui há oito anos e, a partir dessa safra, passamos a trabalhar com mais otimismo e investimento mais na lavoura – destaca o agricultor.