No caso da juta malva, tem-se que o novo preço mínimo, vigente a partir de janeiro, que passou de R$ 1,80 para R$ 1,86 por quilo (aumento de 5%), está acima do preço pago pelos compradores aos agricultores familiares ribeirinhos que cultivam, colhem e desfibram as plantações de juta malva nas encostas dos rios amazônicos.
Para o analista da área de Gestão da Oferta, Ivo Naves, a situação conjuntural da cadeia de juta-malva requer a atuação governamental para garantia da renda ao produtor, por meio da Política de Garantia de Preços Mínimos (PGPM), uma vez que o reajuste do preço mínimo não foi acompanhado pelo mercado e o preço mínimo governamental baliza os preços pagos pela Cadeia aos juteiros amazônicos.
– A conjuntura de preços ao produtor abaixo do preço mínimo está relacionada, entre outros, à combinação de fatores conjunturais e estruturais, como a entrada da nova safra, os elevados estoques em mãos das indústrias e a fraca demanda para o produto final (a sacaria de juta malva), devido a não competitividade com o saco sintético de polipropileno – avalia Naves.