Segundo a pesquisadora Diva de Souza Andrade, o cultivo de microalgas apresenta características como custos relativamente baixos para a colheita e o transporte e menor gasto de água comparado ao cultivo de outras plantas. Os microrganismos também apresentam maior eficiência fotossintética que os vegetais tradicionais e podem ser cultivados em água doce ou salgada.
Além disso, as microalgas são eficientes fixadores de gás carbônico e podem usar como fonte de carbono o CO2 emitido nos processos industriais e de geração termelétrica.
– O cultivo pode ser feito em condições não adequadas para a produção de culturas convencionais e as microalgas podem fixar o gás carbônico, o que reduz a poluição atmosférica – afirma a pesquisadora.
Piloto
O pesquisador Adriano Rausch Souto desenvolveu a planta piloto para cultivo de microalgas. São quatro tanques interligados revestidos com vinil com capacidade de 9 mil litros e agitação continua, com reciclagem do meio de cultivo. Como o cultivo requer elevados gastos com nutrientes, uma das alternativas para a redução de custos é o uso de resíduos de origem agrícola, pecuária ou industrial.
– O resíduo líquido de suíno biodigerido pode ser uma opção viável no cultivo de microalgas, visando a produção de biomassa e lipídeo para a produção de bioenergia. Esta pode ser uma opção econômica para essa atividade e com sustentabilidade ambiental – afirma o pesquisador do Iapar, Antonio Costa.