Das sete amostras analisadas por técnicos do governo federal, cinco continham níveis elevados de substâncias proibidas, como fungicidas e inseticidas. O Ministério da Agricultura alega que a pesquisa serve para alertar os produtores e a própria fiscalização.
– Isso é uma amostragem de situação do país e não implica dizer que existe risco à saúde. Existe uma dose muito grande de segurança entre o que é o limite e a quantidade de fato que pode gerar dano a uma pessoa – explica o secretário de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Ênio Marques.
O secretário alerta que, aos consumidores, cabe buscar saber sobre a origem do produto, já que é impossível identificar a presença de agrotóxicos a olho nu e lavar a fruta com água sanitária não resolve.
– É importante que o consumidor comece a saber dessas coisas, que o consumidor chegue lá no seu supermercado e pergunte qual é a origem, que ele entre na internet, porque toda a embalagem de qualquer produto relacionado à agricultura tem no serviço de atendimento ao consumidor. Se ele tiver dúvida em relação a isso, precisa telefonar para o serviço – pontua Marques.
Outra alternativa para os consumidores são os produtos orgânicos, que só podem ser incluídos nesta categoria com um rígido controle de qualidade. Apesar dos preços mais altos, a nutricionista Sabrina Cavalcanti aposta nos benefícios dos alimentos.
– O consumidor precisa buscar alimentos que têm uma fonte confiável, algum tipo de selo, algum tipo de controle da Anvisa ou dos órgãos regulamentadores – acrescenta Sabrina.