Devido à confirmação, em dezembro, de um caso não clássico que ocorreu em 2010 em um animal de do Paraná, 12 países suspenderam importações do Brasil, sendo nove de todo o país e dois apenas da carne do Paraná. No caso do Chile, a barreira atinge apenas a farinha de carne e de ossos. Reunida semana passada em Paris, na França, a OIE considerou que não há risco para o rebanho nem para consumidores dos países importadores.
Em janeiro, o governo federal deu sinais que esperaria até março para negociar o fim dos embargos. Só depois, se necessário, abriria disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC). Para o Ministério da Agricultura, que enviou o diretor de saúde animal Guilherme Marques para prestar os esclarecimentos no encontro em Paris, o anúncio da OIE vai facilitar a queda das restrições.
Conforme o presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Jorge Camardelli, os países que suspenderam as importações do Brasil representam cerca de US$ 4 milhões no faturamento mensal do setor. Com a notificação da OIE, o dirigente avalia que os embargos devem começar a cair nos próximos dias.
– O anúncio da OIE determina automaticamente a decisão de alguns países, como a Arábia Saudita, em derrubar a barreira, já que foi uma condição imposta para a retomada das importações. Outros mercados, como a China e o Japão, pela burocracia, talvez necessitem de uma intervenção maior – afirmou.
Embora as barreiras incomodem, não fizeram estrago nos embarques de carne bovina do país em janeiro. Dados preliminares da Abiec indicam que as remessas in natura cresceram 7% sobre dezembro e 43% na comparação com janeiro de 2012.
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