Sindicarne SC e Embrapa discutem rastreamento de suínos por DNA

Projeto de vincular ao DNA de cada animal todo o seu histórico, da granja ao abate, busca garantir a qualidade dos produtos aos compradores internacionaisO presidente do Sindicato das Indústrias da Carne e Derivados de Santa Catarina (Sindicarne/SC), Clever Pirola, se reuniu na segunda, dia 18, com a chefia e pesquisadores da Embrapa Suínos e Aves, empresa de pesquisa agropecuária vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), para debater um projeto que propõe a implantação de um método de rastreabilidade na produção de suínos de Santa Catarina por meio do DNA. Este foi o segundo encontro para discutir o tema desde o in

Segundo Pirola, Santa Catarina é o hoje o Estado que mais exporta carne suína no Brasil e está investindo em rastreabilidade para dar certeza da qualidade da sua produção aos compradores internacionais. A ideia é vincular ao DNA de cada animal todo o seu histórico, da granja ao abate. O pedido do Sindicarne é que a Embrapa auxilie na avaliação das tecnologias que possibilitarão registrar e armazenar essas informações com segurança.

A primeira parte do projeto já foi implantada de forma piloto. Uma empresa testou um sistema em que o contêiner com produtos para exportação é lacrado na saída da indústria e acompanhado por um chip com todas as suas informações. Quando chega ao porto, essa carga é liberada sem uma nova inspeção, somente com a leitura automática do chip.

– Um contêiner, dentro da operação atual, demora, em média, três dias para ser liberado para embarcar. Por esse sistema, conseguimos essa liberação em até 10 horas – explica Pirola.

O sistema foi aprovado pelo Ministério da Agricultura e será disponibilizado para todas as agroindústrias catarinenses que exportam. O rastreamento de animais por DNA é a segunda parte da mesma iniciativa. Os contêineres com chip garantem a rastreabilidade dos produtos da agroindústria até o porto.

– O que vai se fazer agora é ter a mesma garantia do campo até a agroindústria – afirma Pirola.