A seca de verão castigou as lavouras em várias partes do mundo, o que elevou os preços do milho, do trigo e da soja para máximas e gerou preocupações em relação a uma repetição da crise mundial de alimentos de 2007/2008. Embora as cotações tenham recuado desde então, os governos continuam temerosos em relação ao baixo nível do estoque global.
A IGC ampliou em cinco milhões de toneladas a estimativa da colheita mundial de milho em 2012/2013, para 850 milhões de toneladas, devido principalmente ao aumento das safras brasileira e indiana. A projeção do consumo global do grão foi reduzida em 1%, para 865 milhões de toneladas, em virtude de uma demanda menor por parte das usinas de etanol nos Estados Unidos.
A produção mundial de trigo neste ciclo foi mantida em 656 milhões de toneladas, mas revisões para cima na colheita da China e da Índia aumentaram a projeção do estoque final mundial da commodity para 176 milhões de toneladas. O IGC prevê um crescimento de 4% na próxima safra, mas a maior parte deve ser absorvida por uma demanda mais forte. Assim, a oferta ao final da temporada 2013/2014 subirá apenas dois milhões de toneladas.
O comércio mundial deve ficar inalterado em 2013/2014, de acordo com o conselho. O volume produzido pelo Mar Negro deve recompor os estoques domésticos abaixo da média no início da temporada, o que incentivará a demanda por outras origens.