Restrição de oferta eleva cotações do boi gordo em São Paulo

Indústrias que ofertam preços menores precisam completar as escalas com boiadas de Estados vizinhos que, devido às condições climáticas desfavoráveis, colocam mais animais à vendaCom a disponibilidade de gado para abate ainda restrita no país, as ofertas de compras a preços maiores estão sendo verificados com mais frequência, de acordo com pesquisa da Scot Consultoria. Em São Paulo, algumas indústrias que estiveram excepcionalmente fora das compras na quarta, dia 21, conseguiram alongar um pouco as escalas.

As programações de abate no Estado estão heterogêneas e atendem, em média, de três a quatro dias úteis. As indústrias que ofertam preços menores têm completado as escalas com boiadas de Estados vizinhos. Na Bahia, por exemplo, a estiagem está fazendo com que as ofertas de boiadas para abate aumentem, cenário que agrada a indústria.

Demanda no mercado de reposição se recupera

Ainda segundo o levantamento da Scot Consultoria, o mercado de reposição esteve mais firme na semana de 18 a 22 de fevereiro, com a demanda crescendo. Aos poucos, o ritmo dos negócios melhora, apesar da expectativa de que o maior volume de negócios com a reposição ocorra nos próximos meses.

A mudança deve ser uma resposta ao aumento das vendas de animais terminados e da maior oferta de animais desmamados, que tipicamente acontece entre abril e maio. Outro fator que pode influenciar o cenário é que, em regiões onde a agricultura é expressiva, o atraso nas colheitas impacta a demanda por animais de reposição, em função da demora na liberação das áreas para o gado.

Na média de todos os preços coletados, houve alta semanal de 0,7% neste levantamento. O boi magro (12 arrobas) está cotado em São Paulo, em média, em R$ 1.180,00/cabeça, alta de 1,7% em relação ao final de janeiro. Já o bezerro desmamado está cotado, em média, em R$ 710,00/cabeça, alta de 1,4% no mesmo intervalo citado anteriormente.

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