– Não há outra saída. Em todas as circunstâncias, a solução é o diálogo para chegar a um entendimento – defendeu Moro em uma entrevista à imprensa na tarde dessa terça, dia 26, em Bogotá. Ao todo são mais de 38 rodovias com algum tipo de manifestação, e há registro de feridos e enfrentamentos entre a polícia e grevistas.
A paralisação não tem o apoio da Federação Nacional dos Cafeicultores da Colômbia (FNC), mas o Movimento pela Defesa e Dignidade Cafeeira, pede medidas governamentais para solucionar a crise que afeta o setor há mais de um ano.
Na semana passada o governo colombiano anunciou um pacote para salvar o setor. A FNC aceitou a proposta, mas os manifestantes consideraram a ajuda insuficiente.
O custo de produção do café no país é superior ao preço interno e as exportações sofrem com a valorização do peso colombiano em relação ao dólar. Além disso, fortes chuvas e várias doenças afetaram o plantio dos últimos anos.
Em defesa da ação do governo para apoiar o setor, o presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, disse na segunda, dia 25, que o governo investiu, de 2010 até hoje, cerca de U$ 2,7 bilhões na cafeicultura, no repasse direto e por meio de subsídios. Mesmo assim, em oposição à FNC, o Movimento pela Defesa e Dignidade Cafeeira diz que a ajuda não chega a todos os produtores e que outras medidas precisam ser adotadas.
O movimento independente alega ter tentado negociar com o governo, mas, segundo eles, a opção governista foi negociar somente com a cúpula da FNC.
Outros movimentos prometem aderir, a partir desta quarta, 27, aos protestos dos cafeicultores. Os produtores de cacau e o setor de transporte anunciaram que também pretendem se juntar aos produtores do café para protestar por melhores condições de trabalho e produção.