Preço médio do café robusta sobe, enquanto arábica recua, indica OIC

Em fevereiro, as cotações do arábica apresentaram queda de 3% e as do robusta tiveram alta de 4,4% na comparação com janeiroOs movimentos de preços no mercado de café estão sendo liderados pelo desempenho do robusta, disse a Organização Internacional do Café (OIC), em relatório divulgado na sexta, dia 1º. Segundo a organização, as cotações mais altas e a demanda firme da variedade estão incentivando os produtores a aumentar as exportações.

O preço médio mensal do indicador composto da OIC ficou em 131,50 cents/lb em fevereiro, queda de quase 3% ante o mês anterior e 27,9% em relação a fevereiro de 2012. As reduções foram lideradas pelo arábica. Os suaves colombianos, outros suaves e os naturais brasileiros tiveram recuos de 4,4%, 5% e 5,9%, respectivamente.

Enquanto isso, o indicador composto de preço médio mensal do robusta registrou uma elevação de 4,4% em fevereiro ante janeiro, atingindo 104 cents/lb, o nível mais alto desde outubro do ano passado.

A diferença de preço entre os futuros de arábica e robusta atingiu em 7 de fevereiro o ponto mais estreito desde abril de 2009, devido às situações divergentes para as duas variedades de grãos de café. O prêmio do arábica negociado na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) ante o robusta negociado na Bolsa de Londres (Euronext Liffe) caiu para 45,54 cents/lb. Enquanto a forte demanda nos mercados emergentes e países exportadores está sustentando os preços do robusta, o mercado de arábica enfrenta um cenário de oferta ampla, conforme a organização.

– Uma safra recorde 2012/2013 no Brasil de 50,8 milhões de sacas, associada à perspectiva para a temporada 2013/2014, estão pesando sobre o mercado. A demanda fraca em tradicionais mercados consumidores de café, que estão crescendo em torno de 1% ao ano, também contribui para o sentimento baixista que predomina no mercado – disse a OIC.

A produção total do ano-safra 2012/2013 café ainda está estimada em cerca de 145 milhões de sacas de 60 quilos, mas as perdas decorrentes da ferrugem na América Central ainda precisam ser quantificadas, segundo a organização.