Conab não vê impacto da redução da estimativa de safra

Previsão é de que não ocorram muitas alterações nos próximos levantamentos da safra de verãoA redução de 1,360 milhão de toneladas (-1,63%) na estimativa da safra de grãos no sexto levantamento divulgado nesta quinta, dia 7, pela Companhia de Abastecimento (Conab), para 183,582 milhões de toneladas, ante as 184,996 milhões de toneladas estimadas no mês passado, não é suficiente para causar impacto a ponto de prejudicar a disponibilidade de commodities para atender a demanda interna e a exportação. A afirmação é do diretor de Política Agrícola e Informação da Conab, Silvio Porto, que nã

Silvio Porto observa que a redução das expectativas de produção se deve à falta de chuvas na região Nordeste, que afetou a produtividade das lavouras. Houve queda de 1,852 milhão de toneladas na produção de grãos (-11,6%) do Nordeste entre a previsão de fevereiro e o levantamento deste mês. Porto lembra que, mesmo com a quebra, a produção de grãos se mantém em nível recorde e cresce 10,6% (17,4 milhões de toneladas) em relação à safra passada.

Ele não descarta uma melhora nos próximos levantamentos, principalmente em relação ao milho safrinha, cuja produção em março foi estimada em 41,275 milhões de toneladas, volume 5,5% (2,1 milhões de toneladas) acima do colhido no ano passado. Segundo Porto, a Conab ainda mantém uma projeção conservadora para a produtividade do milho safrinha em Mato Grosso, que é o maior produtor brasileiro. No próximo levantamento de safra, a Conab vai a campo para consolidar os dados do plantio de verão, avaliar a evolução das lavouras de milho safrinha e apurar a intenção de plantio de milho.

Na avaliação do diretor da Conab, as perspectivas são boas para o abastecimento interno de arroz e feijão nesta safra. A Conab estima que a produção de feijão deve aumentar 12,5% para 3,283 milhões de toneladas. Ele diz que a alta recente dos preços do feijão se deve à especulação, pois a quebra que ocorreu na primeira safra no Paraná (-10,4%) é insuficiente afetar a disponibilidade do produto.

Em relação ao arroz, a produção cresceu 3,5% para 12,05 milhões de toneladas que, somadas ao estoque de passagem de 1 milhão de toneladas, superam o consumo estimado em 12,1 milhões de toneladas. 

Agência Estado