O evento contou com representantes de empresas de sementes, defensivos, fertilizantes, tradings, cooperativas, consultorias, bancos e bolsas de mercadorias e futuros, que debateram sobre a prática, utilizada há 12 anos no agronegócio brasileiro. As operações consistem na troca de uma parte da própria produção agrícola por insumos necessários à lavoura.
O crescimento dos últimos anos despertou a atenção das principais indústrias de insumos e já responde por 30% dos negócios em todo o país. O especialista em tecnologia da informação, Oscar Burd, presidente da empresa Succes Tecnologia, afirma que a segurança do sistema facilitou o crescimento das operações.
Outro representante, Manoel Perez Neto, gerente da Cooperativa de Grãos e Cana de São Paulo (Coplacana), aponta que o sistema é vantajoso para os produtores. Ela ainda destaca que as operações estão em alta, principalmente no segmento dos grãos. Um exemplo é a empresa de defensivos Ihara, que há seis anos não tinha nenhuma operação em barter. Atualmente, segundo o gerente Marcelo Gavazzi, o sistema chega perto de 20% de todas as vendas da empresa.
Diante do crescimento do setor, o gerente da Dow AgroSciences, César Vieira, acredita que as empresas devem se aproximar mais do produtor e ocupar o espaço atual das tradings.
– O produtor pode receber todo o pacote tecnológico – sementes, fertilizantes e agroquímicos – ou a maior parte dele definido em uma troca única. E a liquidação do pagamento dos produtos é ligada à venda e entrega da commodity (soja, milho, algodão etc.). Tanto a indústria como seus distribuidores ou revendas devem estar preparados para gerenciar isso – diz o gerente.