Safra 2012/2013 de arroz agroecológico deve ser a maior dos últimos anos no Rio Grande do Sul

Abertura oficial da colheita ocorreu na manhã desta sexta, dia 15, no assentamento Filhos de Sepé, em Viamão (RS)A 10ª Abertura da Colheita do Arroz Agroecológico, que marca a abertura da safra nas áreas da reforma agrária do Estado, ocorreu na manhã desta sexta, dia 15, no assentamento Filhos de Sepé, em Viamão, no Rio Grande do Sul. A expectativa dos produtores é de que a safra que se inicia tenha a maior colheita dos últimos anos, chegando a cerca de 290 mil sacas (14,5 toneladas), produzidas em cerca de 3,4 mil hectares. A produção conta com a participação de 439 famílias de 24 assentamentos, em 15 mun

Estiveram presentes na cerimônia de abertura, transmitida pelo Canal Rural, o governador do Estado, Tarso Genro, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Pepe Vargas, o presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Carlos Guedes, o secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ivar Pavan, entre outras autoridades do setor.

Neste ano, no plano para a indústria, a área cultivada é de 3,401 mil hectares e a produção estimada é de 289,955 mil sacas (base casca/seco), o equivalente a 14,5 mil toneladas. Já na parte de sementes, a área de plantio é de 184,3 hectares e a produção estimada é de 21,170 mil sacas (base casca/seco).

A cultura do arroz agroecológico busca integrar a relação entre o ser humano e os recursos naturais. Nesse processo, os agricultores fazem a gestão em todas as etapas da cadeia produtiva seguindo conceitos e princípios da agroecologia. Em todas as etapas da produção, exclui-se qualquer substância química de origem sintética.

A colheita é promovida pelo Grupo Gestor do Arroz Agroecológico, que desde 1999 desenvolve a produção do arroz agroecológico nos assentamentos da reforma agrária do Estado. Agricultores da Filhos de Sepé participam da produção de arroz orgânico desde 2002. Criado em 1998, o assentamento é o maior do Rio Grande do Sul, com uma área total de 9,4 mil hectares. O local possui condições ambientais especiais: está inserido na Área de Proteção Ambiental Banhado Grande e contém, em seus limites, outra unidade de conservação, o Refúgio de Vida Silvestre Banhado dos Pachecos. Esta última área, com cerca de 2,5 hectares, foi cedida pelo Incra à Secretaria Estadual do Meio Ambiente em 2002.

A produção de arroz agroecológico começou a ser desenvolvida em 1999 nos assentamentos de reforma agrária da região do entorno da Grande Porto Alegre (RS). O processo é coordenado pela Cooperativa Central dos Assentamentos do Rio Grande do Sul (Coceargs) e pela Cooperativa dos Trabalhadores Assentados da Região de Porto Alegre Ltda (Cootap). Desde 2002, em todas as etapas da cadeia produtiva, o arroz recebe a certificado de orgânico, com base nas normas nacionais e internacionais.

Reforma agrária

Em 2012, a Secretaria de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo do RS captou mais de R$ 220 milhões de recursos para qualificação e infraestrutura dos assentamentos da reforma agrária. O governo também adquiriu duas novas áreas para assentar famílias em Sananduva e Encruzilhada e cedeu duas áreas em Taquari e Charqueadas.

O ministro Pepe Vargas apontou que o governo está inserindo programas públicos nos assentamos, e que o objetivo para este ano é assentar as famílias remanescentes.

A Secretaria, através do seu projeto Qualificação da Infraestrutura Básica e Produtiva dos Assentamentos da Reforma Agrária, investiu R$ 6 milhões divididos entre cooperativas e convênios com prefeituras, de acordo com o cronograma do Plano Safra de 2011/2012. Na edição atual do plano, está previsto o investimento em recuperação de estradas e construções de pontes e pontilhões em áreas de assentamento.

O Programa de Qualificação dos Assentamentos, executado pelo Fundo de Terras do Rio Grande do Sul (Funterra) e apoiado pelo BNDES, já aprovou 27 projetos que, juntos, somam mais de R$ 8 milhões destinados às cooperativas de reforma agrária do Estado.

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