Com um terço do potencial irrigável do mundo, o Brasil ainda pode ampliar sua fronteira agrícola irrigada em mais de 25 milhões de hectares. No caso do café, em 1995 havia pouco mais de cinco mil hectares com irrigação. Quase duas décadas depois, o país tem 260 mil hectares de cafezais com água garantida, um controle que permite, por exemplo, a florada na época certa.
Cada hectare de café irrigado produz mais do que cinco hectares no sequeiro. A tecnologia nos diferentes sistemas permite também otimizar o uso de adubo com a fertiirrigação.
Os debates promovidos na programação da Fenicafé traçaram os rumos para fomentar a irrigação e ajudar a tirar os entraves que impedem avanços, principalmente por falta de entendimento entre os diferentes órgãos que trabalham com os recursos hídricos no país.
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O processo burocrático que atrasa e gera ainda mais conflitos nas áreas de irrigação está passando por uma revisão em Minas Gerais. O Estado vem criando uma metodologia própria por meio do projeto Irriga Minas, dividindo a área de produção cafeeira mineira por territórios para gerenciar a demanda e a oferta de água inclusive com a participação de técnicos indicados pelos produtores.
Outra boa noticia para o setor é a adequação da legislação ao novo código florestal brasileiro que está tramitando no legislativo e vai contemplar o uso de barragens para fins sociais nas propriedades rurais.
