Segundo o engenheiro agrônomo do Sistema Famasul, Lucas Galvan, a logística das commodities precisa de um planejamento de longo prazo.
– É necessária uma atitude imediata, para que nos próximos anos os produtores não sofram os mesmo problemas que enfrentamos hoje – lamenta ao citar o prazo de instalação de um porto, que dura em torno de sete anos, até entregá-lo em perfeitas condições de uso.
Com as dificuldades logísticas, parte da produção da safra 2012/2013 de MS ficará retida no Estado, o que poderá provocar aumento da oferta de produto e diminuir seu preço. Caso a soja não seja totalmente exportada até o início da colheita do milho safrinha, O Estado poderá ultrapassar seu limite de armazenagem.
O presidente da Associação dos Produtores de Soja (Aprosoja-MS), Almir Dalpasquale, remete o prejuízo dos produtores do Estado à ineficiência logística do Brasil.
– Em março iniciaram os embarques da soja. Se não houver liberação dos navios que estão ancorados, haverá impacto também na safra do milho. É uma pena chegarmos nesse nível após tantos anos alertando quanto aos problemas de logística. É uma perda para nação e não só para os produtores – enfatiza Dalpasquale, referindo-se ao cancelamento da compra da soja brasileira pelos chineses, justamente devido às dificuldades logísticas brasileiras.
Em 2012, aproximadamente 75% do volume da soja de MS foi exportado via Paranaguá e Santos, condição que deve se repetir no escoamento desse ano. Os portos de São Francisco do Sul (SC), Vitória (ES) e São Luís (MA) respondem pelas demais 25% da soja escoada pelo Estado.
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