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Segundo Casemiro Tércio Carvalho, diretor do Departamento Hidroviário do Estado de São Paulo, a responsabilidade do acidente é “inteiramente da ADM/Sartco”, empresa responsável pela barca que colidiu com uma torre de linha de transmissão de energia elétrica.
– O seguro da embarcação é amplo, cobre qualquer tipo de prejuízo. A Sartco vai ser responsabilizada por esse problema com a concessionária de energia e com os outros embarcadores que estão na via, que podem ter prejuízos contratuais – disse Carvalho.
Na última sexta, a embarcação Mepla 4 desviou 350 metros da sua rota e bateu na torre, que caiu e atingiu mais cinco torres. Parte da linha de transmissão ficou solta no leito do rio, impedindo a navegação.
Segundo Carvalho, há 12 comboios, sendo seis vazios, cinco com soja e um levando madeira, aguardando a liberação da hidrovia. Eles estão transportando cerca de de 30 mil toneladas de carga. O diretor acredita que a interrupção no tráfego de barcas deve afetar o Porto de Santos.
– Essa carga toda tem destinação em Pederneiras [São Paulo] faz o tombo [transferência de carga] para ferrovia que leva ao Porto de Santos.
Os principais produtos transportados pelas embarcações que trafegam pela hidrovia são soja, milho, madeira, cana, argila e areia. De acordo com Carvalho, a Hidrovia Tietê-Paraná é o principal corredor de exportação de soja e milho do Centro-Oeste em direção a Santos. A estimativa é que sete milhões de toneladas de carga naveguem por esta hidrovia em 2013.