Conforme o presidende da Faeb, “a maioria dos recursos já é carimbado e não vai, de forma alguma, irrigar a economia nordestina”. Segundo ele, dos R$ 9 bilhões anunciados, 37% o governo deixará de arrecadar, o que, em sua avaliação, demonstra que não é “dinheiro novo” que será investido para melhorar a situação do Nordeste. Segundo Martins, outros 33% são recursos que já vêm sendo gastos desde 2012 no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) ou em outros programas.
A presidente Dilma anunciou o aumento da oferta de carros-pipa para distribuição de água e a construção de 267 mil cisternas.
– Se dividirmos essas cisternas pelos 1.415 municípios em estado de emergência em todo Nordeste, iremos perceber o quão irrisória é essa ação. Somente com medidas estruturantes de médio e longo prazos vamos evitar que o Nordeste sofra com a seca a cada período de estiagem – opina.
Ele acrescenta ainda que a expectativa era por anúncio de novos programas e medidas estruturantes, como canais, transposição de agua, perenização de rios, novas adutoras, grandes barragens e poços artesianos.
– Temos certeza que o governo está alerta para não deixar que a autoestima do nordestino desça a níveis críticos. Isso poderia levar a uma verdadeira desestruturação da agropecuária da região, provocando total abandono das atividades rurais, o que acabaria trazendo, também, graves consequências para as cidades, já que o êxodo rural é a saída óbvia encontrada pelo produtor e suas famílias que sofrem com a seca.