Assocon defende revolução tecnológica na pecuária

Com menor expansão de área, pecuária deve apostar em tecnologia, assim como a agricultura tem feito, segundo o diretor presidente da associaçãoO diretor presidente da Associação Nacional dos Confinadores (Assocon), Eduardo Alves de Moura, disse na segunda, dia 8, que a pecuária nacional está em crise no momento e é necessário que haja uma "revolução tecnológica" na cadeia.

– A pecuária cresceu com expansão de terras, pouca tecnologia e margens pequenas. Hoje, a expansão deixou de ocorrer e muita gente deixou a atividade. Temos de fazer na pecuária o que a agricultura fez – declarou na 1ª Conferência do Agronegócio.

Para ele, a pecuária evoluiu em aspecto da genética, mas ainda não tanto em produtividade. Moura também comentou que o pecuarista precisa entender que ele produz carne e não somente engorda boi.

– Precisamos criar no Brasil fundos com os quais todos os elos da cadeia contribuam, para que seja investido em marketing e em pesquisa, inclusive de produto – falou.

Para ele, pela falta da remuneração correta de todas as etapas da pecuária, principalmente da cria, pode ser que o rebanho brasileiro diminua ante a uma oportunidade de aumento da demanda pela carne no mundo. 

Já o diretor executivo de vendas da empresa de alimentos JBS, André Skirmunt, disse que a cadeia tem evoluído em trabalhar conjuntamente.

– Do lado da indústria, temos intensificado a conversa com produtores para buscarmos as melhores práticas. E estamos vendo um movimento do varejo em trabalhar em conjunto com a cadeia – disse.

Para ele, o setor de carne ainda tem muita dependência de alguns mercados consumidores, que são também produtores.

– Acredito que o grande desafio para o mercado nacional da pecuária brasileira é o mercado externo. Temos que ter acesso a mercados como Japão, Coreia, Estados Unidos, Canadá e México. E como fazemos? Com rastreabilidade e credibilidade do serviço sanitário brasileiro – ressaltou.